Planejamentos Berçário I e II


PLANO ANUAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL.

BERÇÁRIO I  E  II - (4 meses a 2 anos)


             Esta fase é marcada pelo toque corporal, pelo tom de voz e expressão, ou seja, todas estas reações constituem ponte para que o bebê ao observá-las possa interagir e agir sob o meio cultural que o cerca. Deste modo, atividades criativas são importantes canais de possibilidades de aprendizagem.

Objetivos:
·          Transmitir ambiente acolhedor e seguro;
·          Trabalhar capacidades expressivas;
·          Desenvolver formas alternativas de consciência corporal;
·          Desenvolver formas alternativas de locomoção;
·          Relação de independência com o ambiente vivido;
·          Explorar e utilizar movimentos de preensão, encaixe, lançamento, etc;
·          Expressar sensações e ritmos corporais através do gestual e linguagem oral;
·          Desenvolver a audição, percepção e descriminação das diversas manifestações sonoras


CONTEÚDOS.

·           Cuidados básicos de higiene e saúde;
·          Participação em brincadeiras de “esconder e achar e de imitação;
·          Estimulação verbal, através de conversas, de músicas, sons de brinquedos, etc;
·          Estimulação na hora do banho com conversas, cantos, nomear partes do corpo, etc;
·          Estimular e incentivar a criança na buscar de objetos com mãos, arrastando-se ou engatinhando até que consiga andar;
·          Estimulação tátil, através de carícias e afago;
·          Estimulação visual, através de objetos coloridos, vídeos e livros de histórias com sons e coloridos;
·          Incentivo e estimulação com brinquedos de encaixe;
·          Interesse e incentivo em alimentos e comer sem ajuda (segurar a mamadeira ou copinho com as mãos);
·          Trocas de roupas e fraldas sempre que necessário;
·          Músicas com gestos e cantigas de roda;
·          Incentivo à oralidade com músicas, histórias, conversas, etc;
·          Realizações de pequenas ações cotidianas para que obtenha autonomia gradualmente;
·          Expressão e manifestação de desconforto antes da presença das esfincteres;
·          Estimular a autonomia e identidade através do reconhecimento da imagem (atividade com espelho);


MOVIMENTO.

·          É a partir do primeiro ano de vida que o bebê realiza conquistas no plano de sustentação do próprio corpo, representadas em ações como virar-se, rolar, sentar-se, etc. Estas conquistas antecedem e preparam o aprendizado da locomoção.
·          Oportunizar atividades pedagógicas através de gestos, posturas, ritmos para se expressar e se comunicar;
·          Explorar o movimento do próprio corpo em brincadeiras que envolva o canto;
·          Exploração do próprio corpo nas atividades de higiene como o banho, escovação de dentes e lavagem das mãos;
·          Atividades que permita a descoberta da própria imagem e do outro, refletida no espelho;
·          Mímicas faciais e gestuais, caretas, imitação de bichos, onomatopéias (plof., atchim, bilu, bilu, são linguagem usadas, etc;)
·          Brincadeiras de roda ou de danças;


MÚSICA.

A música é a linguagem que se traduz em formas sonoras capazes de expressar e comunicar sensações, sentimentos e pensamentos, por meio da organização e relacionamento expressivo entre som e o silêncio.

               Exploração de materiais e a escuta de obras musicais;
Imitação de sons vocais, corporais ou produzidos por instrumentos musicais;
Participação em brincadeiras que tenha músicas e jogos cantados;
Ouvir e cantar canções de ninar na tranquilização de bebês;
Interagir com brinquedos e materiais sonoros como guizos, chocalhos, blocos, sinos, tambores, etc;

AVALIAÇÃO. A avaliação na área da música tem um caráter instrumental, ou seja, são consideradas como experiências prioritárias para a aprendizagem musical com atenção para ouvi-lo, expressar-se por meio de da voz através da melodia.

ARTES VISUAIS.

Ao final do primeiro ano de vida, a criança já é capaz ocasionalmente, manter ritmos regulares e produzir seus primeiros traços gráficos.
Ampliação do conhecimento de mundo manipulando e explorando diferentes objetos e materiais como texturas, tecidos, massinha de farinha de trigo, tinta a base de anilina e trigo, etc;
Observação e identificação de imagens diversas;

AVALIAÇÃO. A avaliação na área da Arte deve explicitar as conquistas das crianças juntamente com as etapas de seu processo criativo na exploração de diversificados materiais e a possibilidade de expressar-se através dele.

LINGUAGEM ORAL E ESCRITA.

As brincadeiras e interações que se estabelecem entre bebês e os adultos incorporam as vocalizações rítmicas, revelando o papel comunicativo, expressivo e social que a fala desempenha desde cedo. Um bebê de quatro meses que emite certa variedade de sons quando está sozinho, por exemplo, poderá repeti-los nas interações com adultos ou outras crianças, como forma de estabelecer uma comunicação.
               Uso da linguagem oral em conversas e comunicação na manifestação de desejos, vontades, necessidades, sentimentos e diversas interações sociais presentes no dia-a-dia;
               Observação e manuseio de materiais impressos como livros, jornais, revistas, etc;
Participação em situações de leitura de diferentes gêneros como histórias infantis, lendas, parlendas, etc;

AVALIAÇÃO
 - A avaliação na área da Linguagem ocorre a partir de experiências com a utilização da linguagem oral para se expressar e a exploração de materiais escritos, interação verbal em conversas com seus pares, audição de histórias, etc.

NATUREZA E SOCIEDADE.

É importante que as crianças tenham contato com diferentes elementos, fenômenos e acontecimentos do mundo, sejam instigados por questões significativas para observá-los e explicá-los e tenham acesso a modos variados de compreendê-los e representá-los.
Brincadeiras vinculadas à cultura;
Exploração e manipulação do ambiente natural (contato com plantas, animais areia, etc);
Interação social para a construção de uma visão de mundo natural significativa;

AVALIAÇÃO - A avaliação na área da Natureza e Sociedade é entendida como fonte valiosa de informação sobre o processo de interação social e o aprendizado na exploração do ambiente imediato, através da observação e manipulação de objetos.

MATEMÁTICA.

Os bebês e as crianças pequenas estão começando a conhecer o mundo e estabelecer as primeiras aproximações com ele. As situações cotidianas oferecem oportunidades privilegiadas para o trabalho com a especificidade das idéias matemáticas. (RECNEI, Vol. 3, p. 218).
Utilização de contagem oral de números em músicas, jogos cantados, brincadeiras, etc para que as crianças reconheçam que estão presentes no cotidiano;
Comunicação de quantidades numéricas utilizando a linguagem oral;
Observação de escritas numéricas nos diferentes contextos em que se encontram;
Utilização de circuitos numéricos para engatinhar, rolar, andar, etc;

AVALIAÇÃO - Já nesta área, também ocorre uma avaliação baseada em observação e registro considerando que a aprendizagem de noções matemáticas com crianças nesta faixa etária, está centrada na relação de diálogo entre o adulto e crianças na resolução de problemas, responder perguntas, registro e comunicação de qualquer idéia relacionada a Matemática. É considerado prioritário no registro avaliativo como ocorre o contato com números e a exploração dos espaços pela criança desta idade.


SUGESTÕES DE ATIVIDADES

·Cantar para os bebês as mesmas canções de ninar que seus pais ou parentes cantam e gradativamente introduzir outras;
·embalar, ninar, tocar, massagear e acalentar os bebês que desejem ou necessitem desses cuidados para dormir;
·conversar e propor atividades que falem sobre os medos, sonhos e fantasias, sobre o escuro, sobre o dormir, etc.;
·desenvolver brincadeiras de faz-de-conta, envolvendo temas do folclore local, contos, histórias clássicas,
Criação de cenários etc.;
·elaborar brincadeiras que visem a discussão da identidade cultural brasileira, bem como pluralidade cultural, etnias etc.;
·instituir passatempos para que as crianças possam brincar sozinhas, acompanhadas, no grupo ou fora dele;
·utilizar músicas, objetos coloridos, espelho, danças e brincadeiras de faz-de-conta para que a criança reconheça  e explore seu corpo;
·organizar o ambiente para possibilitar a exploração livre por parte dos bebês, com objetos coloridos, sonoros e seguros; disponibilizar caixas, panos, fantoches, argolas, bambolês, cubos etc., para favorecer diversas interações que a criança possa estabelecer;
·criar “cantinhos” que favoreçam a dinâmica da turma e ajudem a diminuir conflitos internos. Os “cantinhos” podem ser: casinha de boneca, gibiteca, supermercado, salão de beleza, pintura etc.

EXPRESSIVIDADE.

·Realizar, na hora do banho, massagens, estimulação das palmas das mãos e dos pés, movimentos na água junto com a criança etc.;
·favorecer o desenvolvimento oral e corporal por meio da música, juntamente com as atividades de higiene, alimentação etc.;
·proporcionar brincadeiras de roda, esconde/esconde e outras para permitir o desenvolvimento da oralidade,  espontaneidade e da socialização da criança;
·utilizar brincadeiras com música para estimular as crianças na manutenção de boa postura (importante que o professor tome cuidados com sua própria postura, pois a criança age por imitação do adulto);
·fazer uso de atividades no espelho, trabalhando a expressividade de cada um: as crianças farão caretas, mímicas, enfim, brincarão com a própria imagem;
·desenvolver atividades relacionadas aos jogos de imitação e mímica.

Equilíbrio e Coordenação.

· Brincar em rodinhas levando a criança a levantar-se, sentar-se, andar, deitar, correr etc.;
· contar histórias e pedir que as crianças participem com gestos e mímicas, dramatizando-as;
· organizar atividades onde a criança possa manipular grandes e pequenos objetos, pular obstáculos, andar para frente e para trás, empurrar objetos, encaixar etc.;
· proporcionar brincadeiras de estátua, fique onde está, corre-cotia, coelhinho na toca etc.;
· propor brincadeiras diversas com corda elástica, bambolês, garrafas plásticas, colchões, bastões, bolas etc.
Levar a criança a imitar formas e figuras por meio da representação;
·proporcionar exploração de marcas, gestos e texturas;
·confeccionar tintas e massas com a participação das crianças para observação das propriedades, possibilidades de registro e transformações;
·propiciar o contato e a exploração dos elementos da natureza como folhas, sementes, gravetos, flores, insetos etc.;
·promover excursões os locais próximos à instituição para extrair barro propício a modelagens;
·propor desenhos sobre diversos tipos de superfície como lixa, argila, papel liso, rugado etc.;
·utilizar técnicas variadas para realização de trabalhos com tinta como esponjas, canudos, carimbos etc.;
·realizar com a criança trabalhos de colagem com sucata, revistas, papéis diversos, gravuras etc.;
·propor trabalhos tridimensionais por meio da colagem, montagem e justaposição;
·favorecer a articulação das sensações corporais e das marcas gráficas;
·promover impressão de marcas em papel comprido ou no chão, para que as crianças caminhem e percebam suas marcas (claras/escuras);
·imprimir com as crianças marcas gráficas utilizando o próprio corpo;
·proporcionar a confecção de desenhos a partir da observação das situações (cenas, pessoas e objetos), de imagens significativas (histórias), de seu próprio desenho (escala maior ou menor) etc.;
·utilizar “projetos” nas diferentes atividades (os “projetos” poderão ser abrangentes ou restritos ao tema ou assunto; o importante é mobilizar todas as áreas do conhecimento).
Propiciar a escuta de diferentes sons produzidos por brinquedos sonoros;
·levar a criança a ouvir e aprender canções, brincar de roda, realizar brinquedos rítmicos, jogos de mãos etc.;
·estimular a produção de sons diversos (vozes de animais, ruídos, palmas, batidas de pés…);
·favorecer a exploração de materiais sonoros de corda, percussão e sopro;
·promover o contato com obras musicais diversas;
·gravar as produções e interpretações das crianças;
·realizar, durante o banho, brincadeiras com água e brinquedos sonoros alternando som e silêncio;
·promover passeios pelo ambiente escolar para explorar os sons de cada espaço;
·oferecer oportunidades de ouvir e observar os sons da natureza, em atividades externas;
Confeccionar  materiais sonoros, observando o nível de habilidade de cada turma; contar histórias enfatizando os sons existentes; proporcionar a participação em jogos e brincadeiras cantadas; promover a exploração livre dos sons graves e agudos (altura), forte ou fraco (intensidade), curtos ou longos (duração).
As melodias, as canções e acalantos têm um espaço cativo neste período. Não se deve esquecer-se das parlendas como brincadeiras para desenvolvimento oral.
Os acalantos e brincos são formas de brincar musical característico da primeira fase da vida da criança.Conversar e cantar, freqüentemente, com o bebê para intensificar a relação afetiva e desenvolver a linguagem; instigar a emissão de sons e a pronúncia de pequenas palavras carregadas de significado para o bebê; incentivar a fala da criança nos diálogos, nas rodinhas etc.; dialogar, na troca de roupas e na hora do banho, deixando a criança expressar verbalmente suas idéias e conhecimento do mundo com liberdade; valorizar as conversas com os colegas, contando os acontecimentos vividos no seu dia-a-dia, casos e histórias ouvidas em casa; disponibilizar livros e revistas para folhear e nomear figuras, personagens, gravuras e reconhecer a linguagem escrita; incentivar a criança a recontar pequenas histórias ou contar uma notícia, fato que viu na TV etc.; contar histórias e levar a criança a comentar; proporcionar dramatizações com máscaras, fantoches, mímicas, imitar voz de personagens, animais; propiciar brincadeiras de teatrinho usando roupas, sapatos, bolsas e outros objetos de adulto, deixando que as crianças criem diversas situações;
Deixar que a criança se expresse livremente ou faça desenhos das histórias, parlendas etc.; estimular a interação com outras crianças e adultos; deixar a criança transmitir recados simples; levar a criança a falar o nome das pessoas e objetos que estão por perto, pronunciando corretamente as palavras;
Trabalhar com projetos de acordo com a faixa etária; propiciar jogos de percepção e observação em situações cotidianas; proporcionar momento de conto de histórias em ambientes diversificados (debaixo de arvores, antes de dormir etc.);
·incentivar o reconhecimento de rótulos;
·direcionar a ação pedagógica de forma a criar situações de fala e compreensão da linguagem (gravar fala, entrevistas com as crianças etc.).
Propiciar às crianças a observação da diversidade de pequenos animais presentes no ambiente;criar alguns animais na instituição, como tartarugas, passarinhos, peixes etc., com a ajuda das crianças; trocar idéias com as crianças quanto aos cuidados para criação de alguns animais domésticos com a ajuda do adulto; levar as crianças a identificar os perigos que cada animal oferece, como mordidas, bicadas etc.;
·incentivar a participação das crianças em atividades relacionadas à alimentação e à limpeza;
·propiciar o acompanhamento do crescimento de plantas;
·cultivar pequenos vasos ou floreiras, propiciando às crianças o acompanhamento de suas transformações;
·proporcionar a participação na preparação para plantio de uma horta coletiva no espaço externo;
·ampliar o repertório histórico e cultural das crianças por meio de músicas, jogos e brincadeiras dos tempos de seus pais e avós;
·oportunizar o manuseio e a exploração de diferentes tipos de objetos;
·realizar misturas de elementos para observação das transformações decorrentes dessas misturas;
·elaborar receitas culinárias e utilizá-las com as crianças (massas caseiras, tintas não tóxicas);
·propiciar a exploração dos diversos órgãos sensoriais e suas funções como a visão, a audição, o tato, o olfato e o paladar para percepção do corpo e das interações que ele estabelece;
·nomear com as crianças as partes do corpo e algumas funções de forma contextualizada, por meio de situações reais e cotidianas;
·promover excursões pelos arredores da instituição para reconhecimento de animais, a fim de que as crianças percebam os sons produzidos, onde se abrigam, como se locomovem, como se alimentam etc.;
·aproveitar as situações que surgem, os relatos de excursões e as brincadeiras (um inseto que entra na sala de aula, a gravidez da professora, novelas, filmes, animais vistos no trajeto para a escola);
·formular questões provocadoras para que as crianças manifestem suas hipóteses e encadeiem novas questões (Ex.: chuva caindo, relâmpagos, caule das plantas, tronco quebrado ou apodrecido etc.);
·oportunizar informações em fontes variadas (livros, revistas, jornais, filmes etc.);
·promover excursões ao zoológico, chácaras, sítios, que possibilitem suscitar compreensão e reconhecimento da fauna e flora do local;
·valorizar o relato das experiências dos pais ao falarem do nascimento de seus filhos, de seu trabalho etc.;
·desenvolver projetos que integrem diversas dimensões do mundo social e natural
Oportunizar à criança brincadeiras como jogos de esconder ou de pega-pega onde um dos participantes deverá contar, enquanto espera os outros se posicionarem;
·propor brincadeiras e cantigas que incluam diferentes formas de contagem (Ex.: a galinha do vizinho bota ovo amarelinho, bota um, bota dois… etc.);
·estimular a representação por meio de desenho para expressar suas idéias e registrar informações;
·levar a criança a desenhar objetos a partir de diferentes ângulos de visão, visto de cima, de baixo, de lado;
·propor situações que propiciem a troca de idéias sobre as representações;
·propor representações tridimensionais como construções com bloco de madeira, de maquetes, painéis etc.;
·propiciar a utilização dos mais diversos materiais: areia, massa de modelar, argila, pedras, folhas, pequenos troncos de árvores para construções;
·construir diferentes circuitos de obstáculos com cadeiras, mesas, pneus e panos por onde as crianças possam engatinhar ou andar;
·possibilitar a representação do espaço numa outra dimensão (construir torres, pistas para carros e cidades, em blocos de madeira ou encaixe);
·organizar painel com pesos e medidas das crianças para que elas observem suas diferenças (comparar o tamanho de seus pés e depois olhar os números em seus sapatos);
·oportunizar à criança audição de músicas do folclore brasileiro, de rimas infantis, envolvendo contagem e números utilizados como forma de aproximação com a seqüência numérica oral;
·organizar um quadro de aniversariantes, contendo a data do aniversário e a idade de cada criança;
·providenciar, para cada berço, objetos (brinquedos, argolas, móbiles) para que o bebê possa observar tocar, tendo um despertar prazeroso.


Atividades para crianças de 1 a 2 anos.

                Sempre é bom lembrarmos, que o educador, ao ensinar tarefas de trabalhos manuais para as criancinhas deve procurar deixá-las experimentar fazerem suas tarefas sozinhas, mas sem forçá-las. É preciso, naturalmente observá-las convenientemente, pois gostam de colocar tudo na boca. Especialmente quando trabalharem com balões, algodão, jornais ou materiais pequeninos nunca as perca de vista. Não espere delas super e geniais idéias e resultados. Quanto mais elas experimentarem trabalhar sozinhas, mais criativas serão. Cada uma delas possui um ritmo próprio para fazer suas tarefas. Repetição também é importante para as crianças, mesmo quando para você se torna monótono fazê-lo. Se você, depois de umas duas semanas repetir a tarefa proposta, colocando-lhes o mesmo material para elas trabalharem vai ficar surpreso de ver o progresso que elas conquistaram. A seguir apresentar-lhes-emos algumas idéias que podem ser desenvolvidas nas aulas junto às crianças pequeninas de até 3 anos de idade.


Dicas de 0 a 1 ano.

·          Mais importante que a criança andar rápido é a qualidade do que ela fez antes de andar, ou seja, passar pelas fases de arrastar, engatinhar, joelhos, semi-ajoelhado.
·          Não apresse a criança nadar. O andar é um resultado final de várias aquisições motoras da criança que não deve ser antecipado.
·          Coloque a criança em diferentes posições por alguns momentos: de bruços, sentada com apoio, de barriga para cima, em pé no seu colo.
·          Passe diferentes esponjas e escovas no corpo de seu bebê estimulando assim sua sensibilidade.
·          Coloque, no máximo, para o bebê explorar três brinquedos. * Valorize os brinquedos, pois a criança aprende novas estratégias através deles.
·          Quando o bebê acorda dê a ele um tempo para se espreguiçar. * Móvel o qual a mãe troca o bebê deve ser estável e em altura adequada para ela.
·          Use roupas folgadas e funcionais em seu bebê para que ele possa se movimentar.
·          Converse com o bebê enquanto o troca, aproveite para fazer massagens.
·          Durante a troca de roupas evite fazer movimentos bruscos com o bebê.
·          Observe como o bebê explora o objeto: se bate, olha, empurra, morde. O adulto aprende com ele.
·          Não deixe seu bebê com objetos pequenos sozinho, pois, em geral, eles os levam à boca.
·          Quando o bebê é pequeno, ao tirar blusas fechadas puxe a gola da blusa pela frente evitando uma extensão de cabeça exagerada. Levar a mão do nenê a acariciar o seu rosto e fazer o mesmo com sua mão no rosto do nenê;
·          ·carregar a criança nos braços, voltada para frente, formando uma cadeira com seus próprios braços, ou então acomodá-la de bruços, pois assim ela terá uma maior amplitude visual;
·          ·fazer movimentos com objetos coloridos, que façam barulho, para que a criança ouça, observe e acompanhe;
·          ·pendurar objetos coloridos e sonoros (sem exagerar na quantidade) em posições diferentes e na altura que a criança possa alcançar (no início, ela só olhará para eles; mais tarde, tentará tocá-los);
·          ·acomodar o nenê no chão, de bruços, sobre um tapete ou cobertor, com vários objetos coloridos ou que façam barulho à sua frente; fazer um pequeno rolo com uma toalha e colocá-lo debaixo do peito do nenê, estimulando- o para que ele se mova em direção aos objetos;
·          ·oferecer a mamadeira para o bebê, ajudando-o a segurá-la com as duas mãos, em posição reclinada. Olhar sempre nos olhos dessa criança e conversar com ela;
·          ·procurar deixar o nenê entre 3 e 6 meses, quando acordado, em posição reclinada, apoiado em travesseiro e com suas próprias mãos colocadas à frente;
·          ·procurar tornar a hora do banho bem agradável, segurando o bebê firme, para que se sinta seguro. Fazer brincadeiras como bater as mãos e os pés na água, colocar objetos que fiquem boiando na banheira para chamar atenção do bebê etc.;
·          ·levar, sempre que possível, o bebê para passear; cantar para ele e mostrar-lhe coisas diferentes;
·          ·fazer a criança rolar de um lado para o outro, sempre mostrando algum objeto colorido que possa interessá-la;
·          ·deitar o nenê de costas; aproximar um chocalho de seus pés e fazê-lo dar chutes para movimentá-lo e produzir sons;
·          ·colocar o bebê em frente a um espelho durante algum tempo, chamando-lhe a atenção para que se olhe;
·          ·dar à criança um objeto pequeno, procurando fazê-la passar de uma à outra mão;
·          ·dar dois objetos pequenos ao bebê para que segure um em cada mão; tentar fazê-lo bater um no outro. Procure imitar o som produzido;
·          ·oferecer ao nenê objetos de vários tipos como: espuma, lixa, toalha, madeira, metal, borracha e outros. Se ele estranhar, apresentar o objeto em outra ocasião e em outro contexto. Oferecer também alimentos ou objetos  variados, para que a criança possa sentir gostos e cheiros diferentes. Exemplo: açúcar, sal, limão, talco, perfume etc.;
·          ·permitir que a criança vá, gradativamente, pegando com as próprias mãos, pedaços de frutas, pão etc.; permitir, também, que ela mexa na comida e não se importe se ela se sujar (esta atividade é importante para que mais tarde a criança aprenda a comer sozinha);
·          ·acariciar, cantar e repetir sons ou gestos emitidos pela criança na hora da troca de fraldas ou do banho;
·          ·fazer, a partir dos sete meses, o nenê sentar-se sozinho, em posição de ioga, apoiando as mãos na frente do corpo;
·          ·brincar de “cuca-achou” ou “achou-sumiu” com o nenê, cobrindo o seu rosto com um pano, chamando a sua atenção e levando-o a retirar o pano. Se o nenê não entender a brincadeira, recomeçar tampando somente a metade do seu rosto. Depois, esconder o rosto do nenê e esperar que ele retire o pano. Esta brincadeira deve ser acompanhada de risos e gritos de alegria. Repetir esta brincadeira escondendo objetos de que a criança goste;
·          ·bater palmas, levantar os braços, fazer gestos para que a criança o acompanhe já que ela gosta de imitar  gestos;
·          ·colocar o nenê de pé (depois dos oito meses) sobre suas próprias pernas, segurando-lhe as mãos; fazer com que ele impulsione seu corpinho para cima e para baixo, que se levante apoiando-se nas grades do berço, do quadrado, numa mesinha, chamando ou mostrando um brinquedo interessante;
·          ·enfiar vários objetos num barbante e ensinar a criança a puxá-los (esta atividade deve ser feita com os nenês que já engatinham ou que já andem);
·          ·dar papel macio para que os bebês rasguem ou amassem
·          Participar de variadas situações de comunicação oral para interagir e expressar desejos, necessidades e sentimentos por meio da linguagem oral. Interessar-se e interagir com materiais de leitura.
Uso da linguagem oral para conversar, comunicar-se, expressar desejos, vontades, necessidades e sentimentos, nas diversas situações de interações presentes no cotidiano.
·          Participação em situações de leituras de diferentes gêneros feitas pela educadora, como contos, poemas e histórias infantis em geral.
·          Observação e manuseio de materiais impressos como: livros de banho e de pano, histórias em quadrinhos etc;
Estabelecer aproximações a algumas noções matemáticas presentes no seu cotidiano, como contagem, relações espaciais etc. Contato com noções de contagem oral, de quantidade, de tempo e de espaço em jogos, brincadeiras e músicas junto com o professor nos diversos contextos.
·          Manipulação e exploração de objetos e brinquedos, em situações organizadas de forma a existirem quantidades individuais suficientes para que cada criança possa descobrir as características e propriedades principais e suas possibilidades associativas: empilhar, rolar, transvasar, encaixar, etc.
Explorar o ambiente para que possa se relacionar com pessoas, estabelecer contato com pequenos animais, com plantas e com objetos diversos, manifestando curiosidade e interesse.
·          Participação em atividades que envolvam histórias, brincadeiras, jogos e canções que digam respeito às tradições culturais de sua comunidade e de outros grupos;
·          Exploração de diferentes objetos, de suas propriedades.
·          Contato com pequenos animais e plantas.
Conhecimento do próprio corpo por meio do uso e da exploração de suas habilidades físicas, motoras e perceptivas
·          Ouvir e perceber eventos sonoros diversos, fontes sonoras e produções musicais.
·          Brincar com a música, imitar e inventar movimentos e sons diversos. Exploração, expressão e  de sons com a voz, com o corpo e com materiais sonoros diversos.
·          Participação em situações que integrem músicas, canções e movimentos corporais.

Apreciação Musical

Escuta de obras musicais variadas.
Participação em situações que integrem músicas, canções e movimentos corporais.
Ampliar o conhecimento de mundo que possuem, manipulando diferentes objetos e materiais, explorando suas características, propriedades e possibilidades de manuseio e entrando em contato com formas diversas de expressão artística.
Utilizar diversos materiais gráficos e plásticos sobre diferentes superfícies para ampliar suas possibilidades de expressão e comunicação. Exploração e manipulação de materiais com diferentes texturas e espessuras; de meios como tintos, água, areia, terra, argila, massinha, papel etc.; e de variados suportes gráficos, papel, papelão, parede, chão, caixas, etc.
Exploração de diferentes movimentos gestuais, visando a produção de marcas gráficas.
Observação de imagens diversas.
Familiarizar com a imagem do próprio corpo;
Explorar as possibilidades de gestos e ritmos corporais para expressarem-se nas brincadeiras e nas demais situações de interação;
Deslocar o próprio corpo com destreza progressiva no espaço, ao andar, correr, pular… desenvolvendo atitude de confiança nas próprias capacidades motoras;
Explorar e utilizar os movimentos de preensão, encaixe, lançamentos para o uso de objetos diversos.
Reconhecimento progressivo de segmentos e elementos do próprio corpo por meio da exploração, das brincadeiras, do uso do espelho e da interação com os outros.
Expressão de sensações e ritmos corporais por meio de gestos, posturas e da linguagem oral.

Equilíbrio e Coordenação

Exploração de diferentes posturas corporais, como sentar-se em diferentes inclinações, deitar-se em diferentes posições, ficar ereto apoiado na planta dos pés com e sem ajuda etc.
Ampliação progressiva da destreza para deslocar-se no espaço por meio da possibilidade constante de arrastar-se, engatinhar, rolar, andar, correr, saltar etc.
Aperfeiçoamento dos gestos relacionados com a preensão, o encaixe, o traçado, o lançamento etc., por meio da experimentação e utilização de suas habilidades manuais em diversas situações
Participar de variadas situações de comunicação oral para interagir e expressar desejos, necessidades e sentimentos por meio da linguagem oral, relatando suas vivências;
Interessar-se e criar leitura de histórias;
Familiarizar-se aos poucos, com a escrita por meio da participação em situações nas quais se faz necessária e do contato cotidiano como: livros, revistas, histórias em quadrinhos e etc.
Uso da linguagem oral para conversar, comunicar-se, relatar suas vivências e expressar desejos, vontades, necessidades e sentimentos, nas diversas situações de interações presentes no cotidiano;
Participação em situações de leituras de diferentes gêneros feitas pela educadora, como contos, poemas, parlendas, trava-línguas, etc.;
Participação em situações cotidianas nas quais se faz necessário o uso da leitura e escrita;
Observação e manuseio de materiais impressos como: livros, revistas, histórias em quadrinhos etc;
Estabelecer aproximações a algumas noções matemáticas presentes no seu cotidiano, como contagem, relações espaciais etc.
Utilização da contagem oral, de noções de quantidade, de tempo e de espaço em jogos, brincadeiras e músicas junto com o professor e nos diversos contextos nos quais as crianças reconheçam essa utilização como necessária.
Manipulação e exploração de objetos e brinquedos, em situações organizadas de forma a existirem quantidades individuais suficientes para que cada criança possa descobrir as características e propriedades principais e suas possibilidades associativas: empilhar, rolar, transvasar, encaixar, etc.
Explorar o ambiente para que possa se relacionar com pessoas, estabelecer contato com pequenos animais, com plantas e com objetivos diversos, manifestando curiosidade e interesse.
Participação em atividades que envolvam histórias, brincadeiras, jogos e canções que digam respeito às tradições culturais de sua comunidade e de outros grupos;
Exploração de diferentes objetos, de suas propriedades e processos de transformação.
Contato com pequenos animais e plantas.
Conhecimento do próprio corpo por meio do uso e da exploração de suas habilidades físicas, motoras e perceptivas
Ouvir, perceber e discriminar eventos sonoros diversos, fontes sonoras e produções musicais.
Brincar com a música, imitar, inventar e reproduzir criações musicais
Exploração, expressão e produção do silêncio e de sons com a voz, como corpo e com materiais sonoros diversos.
Interpretação de músicas e canções diversas.
Participação em situações que integrem músicas, canções e movimentos corporais.

Apreciação Musical

Escuta de obras musicais variadas.
Participação em situações que integrem músicas, canções e movimentos corporais
Ampliar o conhecimento de mundo que possuem, manipulando diferentes objetos e materiais, explorando suas características, propriedades e possibilidades de manuseio e entrando em contato com formas diversas de expressão artística.
Utilizar diversos materiais gráficos e plásticos sobre diferentes superfícies para ampliar suas possibilidades de expressão e comunicação.
Exploração e manipulação de materiais, como lápis e pincéis de diferentes texturas e espessuras, brochas, carvão, carimbo, lixas, etc.; de meios como tintas, água, areia, terra, argila, massinha etc.; e de variados suportes gráficos como jornal, papel, papelão, parede, chão, caixas, madeiras etc.
Exploração e reconhecimento de diferentes movimentos gestuais, visando a produção de marcas gráficas.
Cuidado com o próprio corpo e dos colegas no contato com os suportes e materiais de artes.
Respeito e cuidado com os materiais e com os trabalhos e objetos produzidos individualmente ou em grupo.
Familiarizar com a imagem do próprio corpo;
Explorar as possibilidades de gestos e ritmos corporais para expressar-se nas brincadeiras e nas demais situações de interação;
Deslocar o próprio corpo com destreza progressiva no espaço, ao andar, correr, pular… desenvolvendo atitude de confiança nas próprias capacidades motoras;
Explorar e utilizar os movimentos de preensão, encaixe, lançamentos para o uso de objetos diversos.
Reconhecimento progressivo de segmentos e elementos do próprio corpo por meio da exploração, das brincadeiras, do uso do espelho e da interação com os outros.
Expressão de sensações e ritmos corporais por meio de gestos, posturas e da linguagem oral.

Equilíbrio e Coordenação

Exploração de diferentes posturas corporais, como sentar-se em diferentes inclinações, deitar-se em diferentes posições, ficar ereto apoiado na planta dos pés com e sem ajuda etc.
Ampliação progressiva da destreza para deslocar-se no espaço por meio da possibilidade constante de arrastar-se, engatinhar, rolar, andar, correr, saltar etc.
Aperfeiçoamento dos gestos relacionados com a preensão, o encaixe, o traçado no desenho, o lançamento etc., por meio da experimentação e utilização de suas habilidades manuais em diversas situações cotidianas


ALGUMAS SUGESTÕES PRÁTICAS:

1)- Luva com sininhos:
Adquira uma luva de malha ou lã e pregue em cada dedo pequenos sinos. Se preferir enfeite cada dedo com uma carinha que poderá ser pintada ou bordada. Se quiser aplique pedacinhos de lã para imitar cabelos. Com essa luva você pode iniciar as aulas saudando as crianças como se cada dedo tivesse um nome ou para outras brincadeiras de saudação à turma. Você pode também colar outros materiais nas bordas da luva: arroz, castanhas, miniatura de carrinho, vassoura, barco, etc. Existem músicas infantis que expressam o movimento com as mãos.
Ex: “Os dedinhos” (cantora Eliana)

 2)- Locais para aventuras com bebês:
                São muitos os meios de se proporcionar aventuras para bebês que estão engatinhando.
Ex: túnel para bebês- feito com papelões grandes, diferentes bolas e almofadas, bóias, animais de plástico para soprar, “João Bobo”, balões de ar, colchas, pneus encapados com tecidos, etc. Na primeira vez deixe as próprias crianças experimentarem as possibilidades de brincar com os materiais ao seu dispor. Quando elas não souberem o que fazer, mostre-as antes como podem brincar. Engatinhar dentro do túnel, brincar com os balões, construir torres com os travesseiros e almofadas, etc. No início esse material todo é naturalmente excessivo. Talvez seja melhor começar apenas com os papelões por no máximo 1 hora e no próximo instante com os balões, etc.

3)- Piscinas para bebês:
               Para cada grupo de crianças é bom que se tenha aproximadamente duas piscinas de borracha ou plástico. Você pode enchê-las com balões, jornais (você vai ver que logo elas irão rasgá-los entusiasmadamente). O algodão ou manta acrílica, presta-se também para encher a piscina. Folhas de papel manteiga ou celofane fazem também ruídos maravilhosos quando são amarrotados. Outros materiais podem enchê-las: folhas secas, palha, bolas de papel amassado, etc.

LEMBRETES IMPORTANTES.

                Sempre é bom lembrarmos, que o educador, ao ensinar tarefas de trabalhos manuais para as criancinhas deve procurar deixá-las experimentar fazerem suas tarefas sozinhas, mas sem forçá-las. É preciso, naturalmente observá-las convenientemente, pois gostam de colocar tudo na boca. Especialmente quando trabalharem com balões, algodão, jornais ou materiais pequeninos nunca as perca de vista. Não espere delas super e geniais idéias e resultados. Quanto mais elas experimentarem trabalhar sozinhas, mais criativas serão. Cada uma delas possui um ritmo próprio para fazer suas tarefas. Repetição também é importante para as crianças, mesmo quando para você se torna monótono fazê-lo. Se você, depois de umas duas semanas repetir a tarefa proposta, colocando-lhes o mesmo material para elas trabalharem vai ficar surpreso de ver o progresso que elas conquistaram. A seguir apresentar-lhes-emos algumas idéias que podem ser desenvolvidas nas aulas junto às crianças pequeninas de até 3 anos de idade.

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